Histórias da ACOJAR e do Bairro

História da ACOJAR

Uma grande enchente acontecida em 1974 causou muitos prejuízos materiais aos primeiros moradores do loteamento Jardim Santa Mônica e também acentuou a necessidade de uma melhor infraestrutura para o local em que viviam. Todos estes fatores, junto com a busca pela união dos vizinhos, deu origem à Acojar. As primeiras reuniões aconteceram logo após as enchentes e se realizavam nas próprias casas dos moradores, mas aos poucos, a necessidade de um espaço neutro levou as reuniões para o grupo escolar do bairro.

A ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA JARDIM SANTA MÔNICA- ACOJAR foi criada em reunião de 19/02/1976, conforme Ata lavrada em livro próprio na mesma data. Foi eleito por aclamação e tomou posse como Presidente Provisório, nessa reunião, o Sr. Álvaro Fernando Luz, com gestão até 30/03/1977. O primeiro presidente eleito, Sr. Ruy João Wolff, em 30/03/1977, teve gestão até14/03/1980. A primeira versão do atual estatuto foi aprovada em 30/09/1977. A primeira mensalidade, estipulada em Cr$ 10,00, foi aprovada em 30/09/1976 na primeira reunião da Comissão Diretora. A ACOJAR foi reconhecida de utilidade pública estadual em 02/09/1981 pela Lei 5929.

O empenho dos primeiros presidentes, junto com suas diretorias levou a alcançar muitas vitórias, como a atenção dos políticos da época e o apoio do governo aos projetos e demandas da comunidade. Logo conseguiram, com este apoio, iniciar a construção da sede da Associação que foi inaugurada em maio de1980. Aos poucos foi crescendo para abrigar muito mais do que só reuniões dos moradores do bairro, mas projetos sociais, esportivos e festas da comunidade.

A ACOJAR foi uma das primeiras entidades organizadas para atuar como Conselho Comunitário, e seu estatuto foi utilizado pelo Governo do Estado de Santa Catarina no contexto de um programa estadual desenvolvido pelo Governador Antônio Carlos Konder Reis.

Principais realizações da ACOJAR, buscando junto às autoridades a resolução dos problemas que atingiam a região, além do congraçamento entre os moradores do bairro, em vários eventos comemorativos, especialmente nas festas juninas:

– Calçamento com drenagem pluvial das ruas do loteamento;
– Construção da sede comunitária da associação;
– Demolição e reconstrução das pontes sobre o rio Itacorubi, para reduzir a ocorrência e a intensidade das enchentes que alcançavam os loteamentos vizinhos, decorrentes do asfaltamento da avenida Madre Benvenuta, com suas pontes mal projetadas;
– Plano de contenção de inundações nas bacias dos rios Itacorubi e Sertão;
– Demolição e reconstrução com o devido alargamento das pontes sobre o rio Sertão;
– Limpeza periódica do canal que margeia o loteamento;
– Limpeza periódica das margens dos rios Itacorubi e Sertão;
– Construção do Posto Policial que agora abriga o Comando da 4 Companhia do 4 Batalhão da Polícia Militar;
– Ocupação da área verde do loteamento com equipamentos comunitários, como o parquinho infantil e a casa das idosas;
– Quadra de Bocha e participação em torneios com reconhecidas premiações;
– Constituição e abrigo do Grupo de Idosas;
– Realização de atividades culturais e recreativas oferecidas aos moradores;
– Reconhecimento, pela Prefeitura, do loteamento Jardim Santa Mônica como um dos bairros de Florianópolis.

História do Bairro Santa Mônica

Como surgiu o Bairro

O Bairro Santa Mônica teve começo com a compra, pelas Irmãs da Sociedade Divina Providência, mais precisamente pelas Irmãs Amadea Berchmann e Benvenuta Rolin, de glebas de terras existentes entre os Rios Itacorubi, do Sertão e o Mangue do Itacorubi, de diversos proprietários, Após a compra, retirada uma parte desapropriada e outras que não foram incluídas, criou-se o Loteamento Jardim Santa Mônica. Tratava-se de um terreno baixo e arenoso que foi dividido em 850 lotes e áreas reservadas para mercado, jardim, praças e praça de esportes.

É bom esclarecer que as compras destas terras foram feitas pela Congregação das Irmãs da Divina Providência, que em 14 de abril de 1951 passou a chamar-se Sociedade Divina Providência.

Os proprietários dos limites do Loteamento eram: ao norte Manoel Felício e UFSC; ao sul Governo do Estado, Bráulio Cordeiro, Acari Silva, José Silveira, Padres Jesuítas (proprietário do Jardim Anchieta) e José Elias (proprietário do Parque São Jorge); a oeste com   Sociedade Divina Providência; a leste com padres Jesuítas e José Elias.
Os vendedores das terras do loteamento eram: Francisco Marcos Martins, Valentim José Ferreira, Heitor de Souza Lima, Zeferino Tomaz Peres, Raulino Júlio Adolfo Horn e Títulos de Usucapião.

Os registros somados de todas as escrituras formam uma superfície global de 603.041,20 m2, dos quais 498.778,90 formam o Jardim Santa Mônica, 32.252,30m2 foram desapropriados para construção da Via de Contorno Norte e restaram quatro áreas distintas de 35.329,00 m2, 17.380,00 m2 e 3.690,00 m2.

O Loteamento iniciou em 1957, sendo seus primeiros moradores o sr. Jonas Alves Messina e sr. Donato da Silva. Em1968 possuía cerca de 20 casas, suas ruas não eram calçadas e não possuía iluminação pública. O primeiro Supermercado, o Supermercado Santa Mônica iniciou em 1984.

O Loteamento foi aprovado pela Prefeitura em 03 de abril de 1970, sob o número 17.305 e   o alvará de construção, de 08 de outubro de 1970, sob o número 1298.

Nomes de Ruas e Praças

Nesta seção pretendemos começar a informar quem são as pessoas que deram nome às ruas e praças de nosso bairro. Sempre deve ter havido um motivo relevante para que se homenageie alguém desta honrosa forma. Acreditamos que os moradores vão gostar de saber a quem estão prestigiando com o endereço de suas moradias. Começamos com quem dá nome à nossa praça que se localiza bem próxima à entrada do bairro. 

Praça Irmã Maria Tereza Kock

Irmã Maria Teresa Kock nasceu na Alemanha, em 05 de março de 1903. Quando, em 1922 resolveu dedicar sua vida a Deus, tornando-se religiosa, ingressou na Congregação da Divina Providência, que também teve origem no mesmo país. Esta congregação fundou, no ano de 1898 o Colégio Coração de Jesus, um dos mais antigos da cidade de Florianópolis. A Congregação da Divina Providência sempre foi muito importante, e se dedicou prioritariamente à educação. Mas também exerceu importante trabalho em hospitais, como, por exemplo, o nosso Imperial Hospital de Caridade. Era costume destas grandes congregações comprarem extensas áreas de terra nas cidades em que se instalavam, como investimento. Uma destas áreas é a que atualmente conhecemos como Bairro Santa Mônica. Ao resolverem vender esta grande área em forma de loteamento, ficou desenhado o formato das ruas e a localização de áreas verdes obrigatórias que temos hoje. Uma delas é a que a ACOJAR ocupa, cuidando para que seja preservada e bem utilizada pela população. Irmã Maria Teresa Kock era muito culta, falava diversos idiomas. Ela foi professora e também diretora do Colégio Coração de Jesus, onde se formaram tantas mulheres que influenciaram o desenvolvimento das famílias e da cidade de Florianópolis, e também de Santa Catarina, pois tinha internato que atendia estatualmente este segmento da sociedade. Por este motivo, por ter se destacado em importantes funções dentro da Congregação da Divina Providência, antiga proprietária da área que hoje é o nosso bairro, é que Irmã Maria Teresa Kock teve seu nome escolhido para nomear esta praça.

Irmã Maria Tereza Kock

Biografia de Santa Mônica

Santa Mônica nasceu no ano de 332, na cidade de Tegaste, na Argélia, que fica no norte da África, em uma família abastada. Os manuscritos que recolheram a tradição oral sobre Santa Mônica dizem que desde criança ela era muito religiosa e disciplinada. Sempre que podia, ela ajudava os mais pobres e demonstrava muita paciência e mansidão.

Casou-se ainda muito jovem, com um nobre chamado Patrício, que possuía muitos bens e uma boa situação social, porém, era homem rude e violento, sendo motivo de muito sofrimento e orações de Santa Mônica. Ela teve 3 filhos: Agostinho, Navígio e Perpétua, que se tornou religiosa. Agostinho era o mais velho e lhe causou muitas tristezas. Santa Mônica rezou 33 anos a fio pela conversão de seu marido e seus 2 filhos. Sua perseverança foi compensada com a felicidade de ver todos convertidos para Deus. Seu filho mais velho tornou-se o famoso “Santo Agostinho”, o santo que influenciou todo o Ocidente cristão e continua influenciando até hoje. Quando escreveu sobre sua mãe, entre outras coisas, ele disse: “ela foi o meu alicerce espiritual, que me conduziu em direção da fé verdadeira. Minha mãe foi a intermediária entre mim e Deus.”

Santa Mônica deixou para todas as mães o ensinamento de que além de educar os filhos para viverem em sociedade, é preciso também educá-los para Deus, desenvolvendo neles a vida espiritual. Santa Mônica ensinou que mães e pais devem se preocupar com a salvação e santificação de seus filhos. Por este motivo foi declarada Padroeira das Associações das Mães Cristãs. Antes de morrer, em 387, aos 56 anos, ela mesma disse ao filho, já convertido e cristão: “Uma única coisa me fazia desejar viver ainda um pouco mais, ver-te cristão antes de morrer”. O corpo de Santa Mônica foi descoberto em 1430. O Papa Martinho V transportou-o para Roma e depositou-o na igreja de Santo Agostinho.

Canonização

Santa Mônica foi canonizada pelo Papa Alexandre lll, por ter sido a responsável pela conversão de Santo Agostinho, ensinado a fé cristã, a moral e a mansidão.
Sua festa é comemorada no dia 27 de agosto.
 
Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-santa-monica/101/102/
https://santo.cancaonova.com/santo/santa-monica-mae-de-santo-agostinho/

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